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Alarcón en la pasada Volta Portugal
Es corta la historia reciente de los equipos portugueses en las dos principales divisiones del ciclismo: desde que el SL Benfica de José Azevedo y Rui Costa fue profesional continental en 2007 y en 2008, ningún otro proyecto luso logró ese estatus. Lejos quedan los tiempos del Maia-Milaneza de Manuel Zeferino, cliente habitual de la Vuelta, que en 2004 fue equipo de primera división antes de la creación del Pro Tour.
El nivel profesional continental es ahora recuperado por el gran rival del SL Benfica, el FC Porto, que desde 2016 es aliado de W52, equipo creado en 2012 y que ganó las últimas seis ediciones de la Volta a Portugal – las dos más recientes con el alicantino Raúl Alarcón.
Es casi poético que sea un equipo basado en Sobrado (Valongo), en la periferia de Oporto, quien traslade el ciclismo portugués hacia el centro del mundo. Aquí hace mucho que se acostumbraron a convivir con el éxito y casi siempre sobre ruedas, ya que el hockey sobre patines es el otro referente deportivo de la ciudad, ya que la Associação Desportiva de Valongo fue campeona de Liga en 2013/14.
El paso lógico
Tras años de especulación sobre la subida de nivel, fue finalmente posible materializar la ambición del patrón de la marca de ropa W52, Adriano Quintanilha, apasionado del ciclismo y de los coches de lujo, como mostró en varias ediciones de la Volta a Portugal donde el equipo apareció con Lamborghini, Mercedes y Ferrari como vehículos de asistencia.
La llegada de la marca FC Porto fue clave para desbloquear la situación, haciendo crecer el equipo de los actuales 500-600 mil euros al año para números que reflejan otra realidad – en la misma división, Cofidis reportó un presupuesto de nueve millones de euros, Wanty cuatro, pero es cierto que hay equipos que viven con mucho menos. Estar por debajo de los 2,5 millones por temporada tiene un impacto negativo en el calendario y en la posibilidad de competir con los equipos del World Tour. Esa es una realidad de momento distante: la media de los presupuestos ronda los 15 millones de euros, pero los extremos enseñan un Sky que gasta 34 millones y equipos que no llegan a los diez.
El portal Inrng.com escribió recientemente sobre la realidad de la segunda división: el sueldo mínimo es de 30.855€, la plantilla debe de tener al menos 16 ciclistas [en 2018 W52-FC Porto tuvo 12 corredores], en la estructura técnica tiene que haber mínimo tres directores-deportivos a jornada completa y cinco miembros del personal auxiliar. A pesar de que la realidad salarial de los equipos portugueses esté en recuperación -sobre todo para los líderes- W52-FC Porto enfrenta una subida acentuada de las nóminas.
Los costes administrativos también pesan: desde la garantía bancaria necesaria que equivale al 25% de las nóminas hasta la obligatoriedad de que las cuentas sean auditadas por una entidad independiente.
Edgar Pinto, fichaje estrella
Pinto en la Vuelta Madrid
Raúl Alarcón es el líder y el mejor corredor de la actual plantilla portista, que mantiene la base de calidad con Gustavo Veloso, Ricardo Mestre, António Carvalho y Rui Vinhas. Para 2019 refuerzan la apuesta en carreras por etapas con Edgar Pinto (exVito-Feirense), que en 2018 ganó la Vuelta a Madrid y que por perfil será líder a la par con Alarcón. La explosividad de Daniel Mestre (exEfapel) es garantía de éxito cuando el terreno pica hacia arriba, como pudimos ver en su triunfo en la Clássica Aldeias do Xisto. Además, será en los próximos días confirmados los importantes regresos de Joaquim Silva y Rafael Reis, que vuelven a W52 más maduros después de un año difícil con Caja Rural, y las incorporaciones del excampeón nacional sub23, el sprinter Francisco Campos, y Jorge Magalhães, jóvenes promesas que llegan desde Miranda-Mortágua.
El perfil discreto en el mercado no deja de ser un test a la resiliencia del grupo montado por Nuno Ribeiro, especialmente porque en los últimos meses estuvieron disponibles talentos que hace mucho han hecho carrera en las dos primeras divisiones: Tiago Machado, José Mendes y Ricardo Vilela – los dos primeros ficharon por el Sporting CP-Tavira y Vilela por el Burgos-BH.
Entre los que salen, el más conocido es el ganador del Troféu Joaquim Agostinho, José Neves, que refuerza el Burgos-BH apostado por brillar en el extranjero. Pendiente está el caso del versátil César Fonte, que dio positivo por betametasona y espera una resolución.
En cuanto al calendario, además de apostar claramente por dominar en Portugal, W52-FC Porto podrá presentarse en la Volta a la Comunitat Valenciana, donde ya estuvo en 2017 [Amaro Antunes fue 3º en el Alto Mas de la Costa detrás de Nairo Quintana] y a la que no pudo venir en la campaña siguiente a pesar de recibir invitación. Lo demás es especulativo, habrá que esperar por la presentación oficial que de momento no tiene fecha.
REPORTAJE EN PORTUGUÉS
É curta a história recente das equipas portuguesas nas duas principais divisões do ciclismo: desde que o SL Benfica de José Azevedo e Rui Costa foi Continental Profissional em 2007 e em 2008, nenhum outro projeto luso atingiu esse estatuto. Longe vão os tempos da Maia Milanesa de Manuel Zeferino, cliente habitual da Vuelta, que em 2004 foi equipa de primeira divisão, ainda antes da criação do Pro Tour.
O nível Continental Profissional é recuperado pelo grande rival do SL Benfica, o FC Porto, que desde 2016 é parceiro da W52, equipa que foi criada em 2012 e que venceu as últimas seis edições da Volta a Portugal – as duas mais recentes com o alicantino Raúl Alarcón.
É quase poético que seja uma equipa baseada em Sobrado (Valongo), na periferia do Porto, a levar o ciclismo português para o centro do mundo. Aqui há muito que se acostumaram a conviver com o êxito e quase sempre sobre rodas, já que o hóquei em patins é a outra referência desportiva da cidade – a Associação Desportiva de Valongo foi campeã nacional em 2014.
O passo lógico
Após anos de especulação sobre a subida de escalão, foi possível materializar a ambição do patrão da marca de roupa W52, Adriano Quintanilha, apaixonado pelo ciclismo e pelos carros de luxo, como mostrou em várias edições da Volta a Portugal onde a equipa apareceu com Lamborghini, Mercedes e Ferrari como viaturas de apoio.
A parceria com a marca FC Porto terá sido chave para desbloquear a situação, fazendo a equipa crescer dos 500-600 mil euros/época atuais para números que refletem outra realidade – na mesma divisão a Cofidis reportou um orçamento de nove milhões de euros, a Wanty de quatro, sendo certo que há equipas com muito menos do que estes valores. Estar abaixo dos 2,5 milhões por temporada influencia negativamente o calendário e a possibilidade de coincidir com as equipas do World Tour. Essa é, de resto, uma realidade distante: a média dos orçamentos ronda os 15 milhões euros, mas os extremos mostram uma Sky que gasta 34 milhões e equipas que vivem com menos de dez.
O portal Inrng.com abordou recentemente a realidade da segunda divisão: o ordenado mínimo é €30,855, os plantéis têm que ter pelo menos 16 corredores [em 2018 a W52-FC Porto teve 12 corredores], na estrutura técnica tem que haver um mínimo de três diretores-desportivos a tempo inteiro e cinco membros de staff. Embora a realidade portuguesa esteja em recuperação em termos salariais – sobretudo para os líderes – a W52-FC Porto enfrente uma subida acentuada da folha salarial.
Os custos administrativos também são pesados: desde a garantia bancária necessária equivalente a 25% da folha salarial à obrigatoriedade das contas serem auditadas por uma entidade independente.
Edgar Pinto reforço de peso
Raúl Alarcón é o líder e o melhor corredor do atual plantel portista, que mantém a base de qualidade com Gustavo Veloso, Ricardo Mestre, António Carvalho e Rui Vinhas. Para 2019 reforçam a aposta em provas por etapas com Edgar Pinto (ex-Vito-Feirense), que em 2018 venceu a Volta a Madrid e que por perfil será líder a par de Raúl Alarcón. A explosividade de Daniel Mestre (ex-Efapel) dá garantias quando o terreno inclina, como se viu na vitória na Clássica Aldeias do Xisto. Além disso, vão em breve ser oficializados os importantes regressos de Joaquim Silva e de Rafael Reis, que regressam à W52 mais maduros após um ano difícil na Caja Rural, e as incorporações do ex-campeão nacional sub23, o sprinter Francisco Campos, e Jorge Magalhães são jovens promissores vindos do Miranda-Mortágua.
O perfil discreto no mercado não deixa de ser um teste à resiliência do grupo montado por Nuno Ribeiro, especialmente porque neste defeso estiveram disponíveis talentos que há muito correm nas duas primeiras divisões: Tiago Machado, José Mendes e Ricardo Vilela – os dois primeiros foram para o Sporting CP-Tavira e Vilela para a Burgos-BH.
Entre as saídas, a mais notória é a do vencedor do Troféu Joaquim Agostinho, José Neves, que reforça a Burgos-BH apostado em triunfar no estrangeiro. Pendente está o caso do polivalente César Fonte, que controlou positivo por betametasona e aguarda novidades.
Quanto a calendário, além da aposta clara em dominar internamente, a W52-FC Porto poderá apresentar-se na Volta à Comunidade Valenciana, onde já esteve em 2017 [Amaro Antunes foi 3º no Alto Mas de la Costa atrás de Nairo Quintana] e para a qual voltou a ser convidada na época seguinte. Tudo o resto é especulativo, haverá que esperar pela apresentação oficial que de momento não tem data marcada.
